Jayme Cortez, nascido em Lisboa, 8 de setembro de 1926 — São Paulo, 4 de julho de 1987, é considerado como um dos maiores quadrinistas do Brasil e mestre de uma geração de desenhistas de quadrinhos. Venceu o Prémio Jabuti de 1969 pela capa da obra Barro Blanco.
Cortez publicou, em julho de 1944, sua primeira HQ no semanário O Mosquito, onde foi discípulo de Eduardo Teixeira Coelho.
Em março de 1947 desembarca no porto de Santos e fixa residência em São Paulo. No ano seguinte casa-se com a brasileira Maria Edna, posteriormente conhecida no meio quadrinhistico como Dona Edna, a fada madrinha dos quadrinhos. Jayme Cortez passou por dificuldades inicialmente, chegando a vender doces maria mole com seus primos, pelo interior do estado de São Paulo agarrado numa boleia de caminhão. Logo depois teve uma curta experiência como chargista no jornal O Dia e inicia sua carreira como desenhista de quadrinhos fazendo tiras para o Diário da Noite (Caça aos tubarões e O Guarany). Logo depois trabalha na Gazeta Juvenil, suplemento infantil do jornal paulista A Gazeta, sob a tutela de Messias de Mello. Neste periódico Cortez faz histórias em quadrinhos, charges e aprende o domínio das cores, começando a fazer ilustrações utilizando tintas para retoque fotográfico Kodak, um tipo de aquarela. Mais tarde, apresentado por Álvaro de Moya, ingressou na Editora La Selva, onde foi capista e diretor de arte.
Artista rigoroso utilizava fotos e modelos vivos como referência em seus trabalhos, Cortez também participou de movimentos pelo reconhecimento e valorização dos quadrinhos. Foi um dos idealizadores do projeto de reserva de mercado para a produção brasileira de quadrinhos, reservando dois terços do espaço para artistas locais, que chegou a ser entregue às autoridades, mas nunca implantado.
Jayme Cortez também foi um dos organizadores (além de Álvaro de Moya, Miguel Penteado, Reinaldo de Oliveira e Syllas Roberg) da primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, quando, pela primeira vez no mundo, os quadrinhos eram apresentados e apreciados como arte e que foi aberta em 18 de junho de 1951, no Centro Cultura e Progresso, em São Paulo.
Foi professor da Escola Panamericana de Arte e trabalhou na área publicitária como desenhista de storyboard e diretor de criação da McCann Erickson entre 1964 e 1976, depois passou a diretor de merchandising e animação da Maurício de Sousa Produções.
Escreveu três livros; A Técnica do Desenho, Mestres da Ilustração e Manual Prático do Ilustrador.
Em novembro de 1986 Jayme Cortez foi homenageado em Lucca, Itália, com o prêmio Caran D'Ache, no XX Festival Internacional de HQ e Ilustração, pelos seus 50 anos de atividade.
De 17 a 19 de julho de 2015, o artista foi homenageado no 21º Fest Comix (São Paulo/SP - Brasil) com a exposição Grande Mestre dos Quadrinhos: Jayme Cortez, contando com réplicas e originais.
Jayme Cortez morreu pouco antes de completar 61 anos devido a um ataque cardíaco, após dois dias internado em consequência de uma hemorragia no abdômen, deixando organizado o álbum Saga do Terror, que reunia vários de seus quadrinhos e que foi lançado postumamente pela editora Martins Fontes.
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Os três livros; A Técnica do Desenho, Mestres da Ilustração e Manual Prático do Ilustrador.